A Nintendo surpreendeu ao anunciar que Forsaken 64 — o shooter em primeira pessoa lançado em 1998 — chegará ao app Mature do Nintendo Switch Online + Expansion Pack em 4 de setembro. Se você é fã de shooters clássicos com sensação de gravidade baixa e mapas labirínticos, vale prestar atenção: essa é uma porta direta para um subgênero que misturava Descent com um cheiro de Quake. Para quem curte analisar desempenho e sensação de jogo, a versão N64 sempre foi interessante por trazer motores 3D ambiciosos para a época, ainda que com trade-offs óbvios em resolução e taxa de quadro.
O jogo por dentro — jogabilidade, estética e polêmica da capa
Forsaken 64 foi portado pela Iguana UK e publicado pela Acclaim. Trata-se de um FPS com visão em túneis e arenas tridimensionais, onde você pilota uma especie de “pioncycle” antigrav — uma moto voadora que muda completamente a dinâmica dos tiroteios. O design de níveis incentiva movimento em todas as direções, combate em 360° e gestão de espaço vertical; as armas, inimigos e power-ups variam conforme o estágio, forçando adaptações rápidas no loadout. Também existe modo multijogador, o que garante replayability competitivo num console que já respirava partidas locais.
A Nintendo descreve o jogo assim: você é um mercenário implacável enviado à Terra condenada na operação “Forsaken”. Sua missão é infiltrar-se e destruir as últimas fortalezas de uma máquina assassina que dizimou a vida no planeta. A Terra é uma armadilha cheia de adversários mecanizados e gangues de caçadores de recompensa rivais, e você terá que enfrentá-los sobre sua moto anti-grav para fazer fortuna… ou encontrar seu fim. Escolha entre modos Single Player ou Multi-Player, selecione sua moto (cada uma com atributos diferentes) e mergulhe na missão.
A reação da comunidade à chegada no Switch é curiosa — muita gente lembra, primeiro, da capa americana, que virou meme. A capa dos EUA, com o rosto de uma mulher chorando e uma tatuagem na bochecha, tornou-se tão famosa quanto controversa: a figura não aparece no jogo e muitos fãs acharam a imagem enganosa. A arte PAL, por sua vez, é bem mais sóbria, mostrando apenas o logo e a Terra.
“Sem qualquer conhecimento prévio ou olhando screenshots, você conseguiria adivinhar o gênero de Forsaken 64 apenas pela capa?” — redditor Drowsy_Drowzee
“Forsaken me irritava quando criança — aluguei sem saber o que era e achei a jogabilidade obtusa e chata. Capa enganosa.” — InfiniteRespond4064
“Certamente se destaca em um mar de renders CG bonitos mas ruins.” — branewalker
Hoje, a versão no Switch facilita revisitar esse tipo de experiencia: a emulação tende a padronizar desempenho e resolver alguns problemas de imagem, mas não espere milagres nos frames por segundo — o charme é exatamente aquele balanço entre ambição técnica e limitações do hardware original. Quer uma noite de nostalgia com tiroteios em gravidade variável ou prefere algo mais moderno e fluido? Vale experimentar e comparar. No fim, Forsaken 64 é um pedaço curioso da história dos FPS em consoles, polêmico na embalagem e honesto no conteúdo — para o bem ou para o mal, é uma experiência que ainda rende discussão entre quem viveu a era N64.
