MachineGames parece não ter fechado a conta com Wolfenstein ainda — e isso é uma boa notícia para quem curte tiros, história alternativa e personagens com presença pesada. Depois de quase seis anos desde que controlamos BJ Blazkowicz em The New Colossus, o chefe do estúdio, Jerk Gustafsson, deixou claro que a ideia original sempre foi contar a história do BJ em três atos, o que abre espaço para voltarmos ao universo e, quem sabe, fechar pontas soltas. Quer saber por quê isso importa para a narrativa do estúdio e para os fãs hardcore?
“Sempre vimos [a história do BJ] como uma trilogia… durante as primeiras semanas na id Software, quando mapeamos New Order — já tínhamos um plano para o segundo e para o terceiro.” — Jerk Gustafsson, chefe da MachineGames, em entrevista à Noclip. “Acho importante dizer isso, porque — pelo menos, eu espero — não terminamos com Wolfenstein ainda. Temos uma história a contar.” — Jerk Gustafsson, em entrevista à Noclip.
A cronologia recente mostra o estúdio experimentando: Youngblood (2019) trouxe a próxima geração Blazkowicz em 1980 e foi recebido com críticas mornas — IGN deu 6.5, chamando a experiência de “agressivamente ok”. Já o trabalho mais recente da MachineGames, Indiana Jones and the Great Circle, faturou 9/10 e mostrou um estúdio capaz de entregar alta qualidade em outra franquia. BJ Blazkowicz ainda tem história para contar. MachineGames mostrou que pode alternar entre franquias e ainda entregar qualidade.
Se Gustafsson realmente seguir a visão original de trilogia, teremos que observar como equilibrar narrativa épica, jogabilidade de tiro na veia e expectativas dos fãs. A pergunta que fica: a próxima entrada vai priorizar fechamento de arco narrativo ou reinventar a fórmula para um público novo? Independentemente da direção, acompanhar o retorno do BJ promete ser interessante para quem valoriza design de níveis, performance e coerência narrativa.
