A Legacy sofreu uma virada e perdeu a primeira chance de se classificar para os playoffs da PGL Masters Bucharest: derrota por 2-1 para a B8 deixou os brasileiros em 2-2 na fase inicial. Agora vem o jogo de vida ou eliminação — ganha, vai aos playoffs; perde, adeus. Você já viu times com esse perfil se recompor em situações parecidas — por que não acreditar que a Legacy pode fazer isso também? Vou destrinchar o que deu certo, o que faltou e os pontos-chave para o jogo decisivo.
Resumo por mapas
Dust2 foi escolha da Legacy e começou bem: lado TR com um first half dominante de 9-3. Na volta, a equipe abriu 4-0 e fechou em 13-4 — organização tática, trade eficiente e controle de utilitários funcionaram. No mapa seguinte, Ancient (pick da B8), a história foi diferente: primeira metade equilibrada com a B8 à frente 7-5; no segundo tempo, os ucranianos ampliaram, a Legacy reagiu tarde e perdeu por 13-10. No decider Train, a B8 fez bom CT half e foi para o intervalo 8-4; na segunda metade houve troca de liderança — Legacy chegou a 11, mas não segurou e a B8 venceu 13-11.
Tecnicamente, dá para apontar alguns detalhes importantes: o time mostrou capacidade de executar planos em Dust2 e criar espaços com bom uso de flashes e smokes, mas falhou em manter a mesma consistência nos rounds de resposta em Ancient e Train. A Legacy ainda tem peças com produção sólida — dumau, lux e n1ssim apareceram nos números e seguraram o time em momentos-chave. O problema foi a regularidade: lapsos táticos e rounds de eco concedidos à B8 decidiram o final das séries.
Analisando números, dumau foi o jogador com mais eliminações no confronto, mantendo presença nas trocas; lux apresentou o melhor rating da série e mostrou bom condicionamento em duelos um-para-um. Do outro lado, esenthial e npl foram os motores ofensivos da B8, enquanto alex666 teve partidas fracas e impactou o coletivo adversário positivamente. Em termos de ADR e KAST, Legacy ficou competitiva, mas pequenas perdas em trades e rotações tardias custaram rounds importantes.
O que observar no jogo decisivo? Ajustes nas rotações pós-plant, uso de utilitários para negar retakes da B8, e responsabilidade nos clutch rounds. Legacy precisa transformar a boa execução vista em Dust2 em rotina nos outros mapas — e o in-game leader tem que ditar o ritmo desde o começo do half.
Se você gosta de análise tática, vale ver como a Legacy vai ajustar o approach nas bombsites e quem vai assumir o papel de entry consistentemente. O próximo jogo será um teste de nervos e disciplina: sobreviver nele significa mais do que habilidade — significa tomada de decisão sob pressão. Quem dá o próximo passo?