Madden NFL 26: As Novidades Que Estão Mudando o Jogo Pra Valer

Jogo Madden desde que me entendo por gente e, sério, não é pouco: tenho liga de 32 times, Franchise atrelada, e ainda preciso de horas pra revisar e destrinchar tudo pro site — então quando eu digo que noto coisas novas mesmo depois da review, é porque noto mesmo. Passei muito tempo no Madden NFL 25, mas Madden NFL 26 jogou minha experiência antiga pro alto: mudou muita coisa que eu achava estável. Estou longe da verdict final, ainda faltam modos e testes, mas já posso afirmar com segurança que o Skills Trainer foi completamente reformulado e virou algo que ensino com prazer. E, sinceramente, eu tô gostando muito do que vejo até agora.

Skills Trainer: aula prática, de verdade

A primeira coisa que merece atenção é o novo Skills Trainer. Antes era útil pra aprender o básico; agora é quase um curso intensivo. Há bem mais drills e, o mais importante, as instruções foram turbinadas: explicam as mecânicas por trás da jogada, detalham o “por quê” e não só o “como”. Um exemplo prático que me pegou: ao chutar um field goal ou extra point, atingir a parte vermelha da barra de potência não é só o limite — é um overkick que reduz sua distância efetiva. Eu achava que era só a borda do medidor; um amigo meu também não sabia. Agora sabemos. Simples, mas muda decisões no jogo.

O sistema marca drills como “Beginner” ou “New to Madden”, o que facilita achar o que você precisa. Para quem tenta ensinar alguém novo (ou voltar depois de um longo hiato), isso é ouro. O detalhamento de mecânicas que antes só aparecia em vídeos do YouTube está finalmente dentro do próprio jogo, algo que eu pedia há anos.

Franchise e Coach Creation: menus que importam

Se joga Madden, você sabe que grande parte da experiência é gerenciar menus. Coach Creation foi reformulado com muito mais opções de cabeças e customização — a maioria visualmente melhor, outras parecem literalmente saídas do criador de personagens do Dark Souls. Escolha uma arquétipo entre desenvolvimento de jogador, ataque ou defesa; adeus às antigas árvores de habilidades. Agora você usa Skill Points para desbloquear habilidades que equipam no dia de jogo e oferecem bônus temporários ou sazonais (por exemplo, habilidade que melhora qualidade do seu corpo de scouts durante a campanha inteira).

Isso deixa o sistema mais dinâmico e menos previsível que o velho “+2 em Velocidade para a posição X”. Ainda não posso mapear o impacto longo prazo, mas é uma mudança que me interessa porque introduz escolha tática real — e, sejamos honestos, quem não gosta de mexer nas engrenagens internas do progresso do time?

Uma melhoria prática que me ganhou: você pode ajustar intensidade de treinos por jogador individual, não só por starter/backups por posição. Se você é daqueles que corta minutos e gerencia fadiga e evolução com precisão, essa granularidade é um presente. Além disso, mostrar a fadiga como um número em vez de um medidor visual é um ajuste de qualidade de vida que eu nem sabia que precisava até ver funcionando. Pequenos detalhes que importam muito para quem gerencia um roster longo.

“Lembra daquela parte sobre a definição de insanidade?” — Will Borger, 15 de agosto de 2024 (nota: 6)

Esse comentário do review do ano passado resume o cansaço com certas mudanças repetitivas da série: fazer o mesmo, esperar que cada ano seja uma revolução. Em alguns aspectos, Madden 26 tenta corrigir isso; em outros, repete velhos erros.

No campo, o jogo equilibra uma sensação mais rápida — uma interseção entre o arremetido arcade do College Football e o pulso clássico dos Maddens antigos. A nova implementação do sistema Wear and Tear chega ao Madden e traz realismo: lesões por desgaste vão afetar temporadas. Sou cético quanto à necessidade desse sistema em todos os modos (especialmente se você joga College), e me preocupa como a UI na tela foi adaptada pra incluir isso — mais elementos pode significar info overload em momentos críticos. Mas a ideia de que o desgaste influencie decisões de rotação e treino me agrada.

Ainda com Wear and Tear, a evolução de jogadores passa a ter mais nuances: práticas têm impacto maior e você pode calibrar intensidade por indivíduo. Para quem é cabeça de franchise, draft e desenvolvimento, isso muda partidas a longo prazo.

Problemas práticos persistem: abrir cards de jogador agora demora excessivamente — às vezes mais de cinco segundos. Quando você está checando profundidade do elenco, estatísticas e contratos, esse atraso vira frustração cumulativa. Em pré-lançamentos anteriores a EA corrigiu travadas e problemas de menu, então tenho esperança, mas é irritante dado que no Madden 25 isso era instantâneo.

Também tem a mudança irritante nas animações de arremesso dos QBs: EA renomeou motion sets e adicionou novas variantes — pela segunda vez em dois anos. Throwing motion altera profundamente como um QB se sente e joga; ter que reaprender qual motion corresponde a qual comportamento e refazer notas de draft é uma dor. A nova nomenclatura faz mais sentido, mas alguém ali poderia, por favor, deixar quieto por um tempo?

Voltando ao jogo em si: o on-field tem melhorias visuais e técnicas (BOOM Tech e elementos herdados do College Football), animações mais refinadas e colisões menos previsíveis. Pequenos ajustes de IA e do motor físico deixam a jogabilidade mais fluida. Ainda não concluí testes em Superstar e Ultimate Team, então não posso opinar a fundo sobre esses modos — e sim, eu vou passar tempo neles porque são parte da experiência e influenciam muito a longevidade do jogo.

Pergunta pro leitor: você prefere um Madden que foque realismo tático ou um que priorize ação arcade e diversão imediata? Isso define muito de como essas mudanças soam pra você.

Do ponto de vista técnico: gráficos e performance no Series X e PC estão sólidos, mas a experiência pode variar dependendo do modo e das cargas do servidor nos modos online. Otimizações de textura e iluminação são perceptíveis; o próximo passo seria reduzir esses tempos de carregamento de UI. Além disso, a integração de tutoriais mais completos dentro do jogo reduz a dependência de guias externos — um passo importante pra diminuir a barreira de entrada de novos jogadores e reter quem volta depois de anos fora.

Bugs e UX: inevitáveis em qualquer lançamento grande, mas alguns são mais críticos porque atrapalham fluxo de jogo (carregamento de cards, longas transições de menu). EA historicamente corrige esses pontos com patches; minha expectativa é que a maioria desses problemas seja mitigada nas semanas seguintes ao lançamento.

No fim das contas, minha impressão inicial é positiva: Madden 26 tem ambição de resolver reclamações antigas e, em muitos pontos, acerta. O novo Skills Trainer representa uma filosofia diferente — ensinar, explicar e oferecer ferramentas para melhorar sem depender só da comunidade de criadores de conteúdo. Coach Creation e as escolhas em Franchise adicionam camadas estratégicas que valorizam quem gosta de gerenciar e não só jogar. Os pontos irritantes — renomeação de throwing motions, lentidão em menus — precisam de atenção, mas não apagam as melhorias.

Então, vale a pena encostar o controle e passar horas testando antes de julgar? Sim. Eu ainda vou entrar fundo em Superstar, Franchise completo e Ultimate Team, e só depois fecho minha opinião final. Mas se você é do tipo que curte entender as engrenagens do jogo, lapidar estratégias de treino e analisar números, Madden 26 já mostra que veio pra ficar no seu fluxo de jogo. E você — já pensou em como vai ajustar sua rotação com o Wear and Tear ativado?