Phasmophobia continua sendo um caso curioso: cinco anos em acesso antecipado, viral nas redes, com milhões de jogadores e ainda longe de um “fim oficial”. Kinetic Games deixou claro que não descarta uma sequência, mas quer trabalhar no Phasmophobia original até sentir que o jogo está realmente completo — e isso passa por atualizações grandes como a Horror 2.0 e reworks de mapas. Quem acompanha a cena deve estar se perguntando: eles vão empurrar um Phasmophobia 2 só porque o jogo fez sucesso, ou vão fechar a história atual com capricho antes de pensar em outra aventura paranormal?
“Definitivamente temos planos para a versão 1.0, provavelmente alinhada com nossa atualização Horror 2.0, onde sentimos que o jogo estará completo”, — Corey J. Dixon, diretor de arte. Dixon acrescentou que isso não significa que o trabalho vai parar: reworks de mapas e conteúdos novos ainda são esperados depois desse marco. O objetivo é chegar a um ponto em que todo o estúdio sinta: agora sim, o projeto está pronto como Dan [Knight] quis desde o primeiro dia.
Mapas, atualizações e o ritmo de desenvolvimento
2025 já foi um ano movimentado para Phasmophobia. Além do rework do Bleasedale Farmhouse e da reformulação do diário de bordo, a versão reimaginada do Grafton Farmhouse acabou de sair. Tem também um mapa pequeno vindo aí, Nell’s Diner, que deve oferecer sessões mais focadas e intensas. A estratégia da Kinetic é clara: polir sistemas, contar melhor histórias ambientais e ajustar a experiência investigativa antes de qualquer salto maior. Isso mostra uma preferência por qualidade e acabamento ao invés de lançar uma sequência prematura.
“É realmente difícil saber [quando pode ser finalizado]. Nossa comunidade está sempre comentando, ‘Ah, devia ter isso!’, então a gente observa e continua trabalhando! Gostaríamos de tocar o jogo até realmente ficarmos felizes com ele. Não definimos uma data ou atualização dizendo: estamos prontos.”, — Corey J. Dixon, diretor de arte. Percebe-se uma postura orgânica: o estúdio espera um sentimento interno de conclusão, não um calendário rígido.
E sobre Phasmophobia 2? A resposta foi: “Eu não descartaria. Seria um desafio divertido ver se conseguiríamos fazer outro. Tem muita coisa que eu sei que mudaríamos como empresa se começássemos um Phas do zero. Há coisas que provavelmente diríamos ‘isso não repetiríamos’ ou ‘isso seria incrível de fazer diferente’. Então, nunca se sabe. Definitivamente não está fora de cogitação.”, — Corey J. Dixon, diretor de arte. Em outras palavras: a ideia existe, mas só vai pra frente se fizer sentido criativo e técnico.
O histórico do jogo pesa a favor dessa cautela. Desde 2020 o Phasmophobia reinventa o gênero de ghost-hunting com coop de quatro jogadores, mecânicas investigativas e uma atmosfera que virou referência — e rendeu mais de 23 milhões de cópias vendidas. Trabalhar em upgrades substanciais em vez de apenas empurrar um número 2 também evita fragmentar a base de jogadores.
No fim das contas, o que dá pra esperar é uma Kinetic Games comprometida com o produto atual, testando melhorias e reavaliando prioridades antes de se lançar numa sequência. Querem ver mais mapas? Querem melhor narrativa ambiental? E um possível Phasmophobia 2: ele seria algo totalmente novo ou uma evolução direta do que temos hoje? Fica a pergunta — e a promessa tácita de que, quando algo for anunciado, terá sido pensado com calma.