Call of Duty Black Ops 7 rebate acusações de “preguiçosa” e foca em polimento técnico

Nos últimos meses, o debate sobre a qualidade das parcelas anuais de Call of Duty esquentou: vozes do mercado chamaram a série de “preguiçosa” e afirmaram que a concorrência — especialmente o novo Battlefield 6 da EA/DICE — poderia forçar mudanças na abordagem da Activision. Será que essa pressão externa realmente empurra estúdios grandes a inovar ou tudo não passa de ruído? Eu acompanhei as falas e testei trechos do Black Ops 7 para entender melhor onde Treyarch está colocando foco técnico e de gameplay.

“Estou cansado de jogar o mesmo Call of Duty todo ano.” — Ian Proulx, diretor de Splitgate 2.
“Battlefield vai esmagar o CoD este ano. Mas a vitória real é que o CoD não vai mais ser preguiçoso, e todos teremos jogos de tiro melhores por causa disso.” — Mike Ybarra (post no Twitter), traduzido.

Treyarch, no entanto, responde desligando o som externo e concentrando-se em metas concretas de desenvolvimento. Em entrevista ao IGN, o diretor criativo associado Miles Leslie colocou isso com clareza: “Você simplesmente não se preocupa com isso, certo? Quando começamos, não é ‘o que eles vão pensar?’. Temos uma visão, vamos cumpri-la, e sempre haverá gente tentando diminuir o trabalho, sem críticas construtivas, então é ruído. A gente tenta cortar isso e seguir nossa visão e plano.” Isso diz muito sobre a mentalidade do estúdio: foco em metas internas e iterações durante o playtest, não reação imediata a tendências externas.

Do ponto de vista técnico, o que importa é como essas decisões se traduzem em performance, netcode, resposta de input e design de armas — áreas onde a comunidade competidora é exigente. Nos trechos que vi de Black Ops 7, a ênfase parece ter sido em polir o feeling das armas, consistência de hit registration e tempo de resposta em 60/120 FPS, além de melhorias gráficas pontuais. Não é só sobre visual: estabilidade de frame e precisão no registro de tiros importam muito mais para jogadores competitivos. A comparação com Battlefield 6 — que ostenta mapas maiores, destruição ambiental e combate veicular — vira menos sobre qual é “melhor” e mais sobre como cada jogo prioriza engenharia de rede e jogabilidade.

Leslie admitiu ter jogado Battlefield 6, mas reforçou o foco em Black Ops 7: “Joguei no fim de semana. É um jogo divertido. Somos fãs de muitos jogos e procuramos inspiração em qualquer lugar. Mas estamos focados no nosso ofício.” Essa postura é saudável; um estúdio grande precisa filtrar inspiração sem perder identidade. Ainda assim, competição saudável tende a acelerar coisas como melhorias no matchmaking, taxas de atualização dos servidores e balanceamento de armas — pontos que realmente mudam a experiência.

Black Ops 7 foi revelado na gamescom Opening Night Live 2025, e a sensação geral é que não dá para acusar o jogo de preguiçoso apenas por ser anual. A pressão de rivais como Battlefield pode forçar ajustes, mas resultados concretos vêm de metas técnicas bem definidas e playtests rigorosos. No fim, preferimos todos jogos de tiro melhores — mas qual abordagem você acha mais eficiente: inovação incremental e polimento ou reinvenção radical a cada geração?