A Season 1 “California Resistance” chegou ao Battlefield 6 trazendo correções, novidades e um pacote de cosméticos que reacendeu a discussão entre os jogadores: o The 323 skin pack, com skins de infantaria mais “pé no chão” — exatamente o que muita gente pedia — mas vendido por um preço que incomodou geral. É ótimo ver skins mais realistas chegando ao jogo, mas pagar o equivalente a cerca de R$120–R$150 (dependendo do câmbio e taxas) por um pacote só soa pesado para muitos jogadores brasileiros. Será que vale desembolsar esse valor por estética quando já se pagou pelo jogo?
O pacote descreve quatro soldados americanos de origens diferentes formando uma unidade guerrilheira para defender a cidade de Eastwood contra a Pax Armata, com visual focado em combate urbano e improviso. No lançamento, o pacote foi listado por 2.400 Battlefield Coins — cotado como US$24 — e há uma confusão extra porque existe uma opção de comprar 2.400 coins dentro do jogo por US$19,99 em alguns pacotes. Ou seja, preços inconsistentes que só deixam a comunidade mais irritada. No Brasil isso se traduz em impostos, variação do dólar e um preço final muitas vezes bem acima do que o cardápio da loja sugere.
A reação nas redes foi imediata e polarizada. Jogadores que pediam skins menos “bizarreiras” comemoraram, enquanto outros criticaram a política de preços. “Sim, DICE, essas são as skins que queremos!” — um usuário do Reddit. Por outro lado, houve quem apontasse ironia no conteúdo pago: “Obviamente os mais bonitos (e apropriados) são pagos, e no passe colocaram aqueles coloridos que te deixam ver a 100km. Pícaros!” — um comentário no Reddit. E também o desabafo financeiro que representa a maioria: “Isso me faz perceber que não sou o público-alvo desse jogo. Eu sou o tipo de pessoa financeiramente irresponsável que não pagaria por lixo assim lol” — outro usuário do Reddit.
A disputa sobre “skins sem graça vs. skins engraçadinhas” já existe desde o lançamento do BF6 em outubro, e o lançamento do The 323 só jogou gasolina na fogueira. Uma parcela significativa da base pedia justamente opções mais realistas que pudessem ser compradas direto na loja, sem precisar grindar desafios. “Isso é o que vocês pediam lol — não consigo contar quantos posts vi dizendo que pagariam por skins grounded em vez de fazer desafios” — um usuário do Reddit. Mas aí vem a pergunta: pagar quanto? Um bundle de US$20+ por um conjunto cosmético em um jogo que já foi comprado por você é difícil de engolir para muita gente.
Tecnicamente falando, as skins são bem trabalhadas: texturas de tecido, arranhões sutis, camuflagens urbanas; claramente foco em qualidade de modelo e fidelidade visual. Para quem joga em PC e consoles como Xbox Series X — público do blog — o impacto é puramente estético: zero vantagem em gameplay, mas muita diferença no visual em combates próximos. A decisão de comprar vira, então, uma escolha entre dizer “quero representar meu time com um visual mais sério” ou apenas virar alvo de piadas por gastar em cosméticos.
O que veio no update 1.1.2.0
Além do pacote 323 e da polêmica, o patch trouxe o mapa Eastwood, novas armas e uma série de correções de bugs para o jogo base e para o modo REDSEC. Questões mais quentes como tamanhos de mapa estão em revisão pelo estúdio à medida que a Season 1 se desenrola — então ainda tem balanceamento por vir. Para jogadores técnicos: esperem ajustes de performance, correções em reaparecimento e hit registration, além de pequenas mudanças nas armas que podem impactar o meta.
No fim das contas, a discussão é menos sobre estética e mais sobre estratégia de monetização e respeito ao jogador. Será que vender skins mais sóbrias por um preço premium é resposta ao pedido da comunidade — ou só mais uma forma de extrair dinheiro dos fãs casuais? Se você jogasse com essas skins, pagaria o valor pedido? É a mesma pergunta que muitos brasileiros estão fazendo agora, entre a vontade de ter um visual bacana e o pé atrás com preços e práticas comerciais.
A Season 1 traz conteúdo que agrada em gameplay e, ao mesmo tempo, uma loja que precisa alinhar expectativas com a base. Se DICE quiser acalmar o público daqui, talvez seja hora de repensar bundles, oferecer alternativas mais baratas ou inclusões em futuras passes de batalha. Afinal, quem joga quer qualidade visual, mas também quer sentir que o investimento tem custo-benefício justo.