Battlefield REDSEC não descarta fila solo no battle royale e diz que “fique de orelha no chão”

Battlefield REDSEC foca em squads, dificultando modo solo por design e balanceamento; DICE ouve comunidade, sem prometer fila solo, priorizando experiência coesa e equilibrada no battle royale.
Escrito por:
Lucas Amaral

Battlefield REDSEC virou assunto quente por aqui no Brasil — especialmente entre os jogadores que só querem cair em Fort Lyndon sem depender de um squad. Desde o lançamento, a galera tem pedido (e pressionado) por uma fila solo no battle royale; a equipe da DICE não descartou a possibilidade, mas avisa que não é algo que dá para simplesmente “ligar” no servidor. “Eu diria: fique de orelha no chão sobre o futuro dos solos,” disse Justin Wiebe, diretor de design, quando perguntado sobre a chegada de filas solo.

O ponto central é técnico e de design: REDSEC nasceu como uma ramificação de Battlefield 6 pensada para jogo em esquadrões. Cada classe — Assault, Engineer, Support e Recon — tem habilidades, caminhos de treinamento e perks que são calcados em sinergia entre jogadores. Não é simples transformar um jogo pensado para esquadrões em um modo solo. Habilidades que ajudam um time (reviver rapidamente, consertar veículos, suporte tático) perdem sentido se colocadas no contexto de um jogador isolado, e isso pode quebrar o equilíbrio da experiência.

Wiebe explicou a preocupação com mais detalhes. “Na minha visão, isso não é algo que você simplesmente liga e fala ‘ok, solos’. Precisa de bastante reflexão porque construímos uma experiência baseada em esquadrões. Na base, o jogo foi desenhado para squads jogarem juntos, cada um com habilidades táticas, opções e caminhos de treinamento que desbloqueiam novos perks. Muitos desses perks são orientados a ajudar o esquadrão, não o indivíduo,” afirmou Justin Wiebe. Traduzindo para o que interessa no dia a dia: abrir filas solo sem ajustar habilidades e progression pode gerar partidas frustrantes ou desbalanceadas.

Como isso se traduz em mudanças concretas? A DICE teria que revisar perks, possivelmente criar versões alternativas de habilidades para o modo solo, ajustar economia de loot e até repensar como veículos funcionam quando têm apenas um jogador no comando. Veículos normalmente rendem mais quando têm tripulação; transformar isso para solos pode exigir alterações de balanceamento e design de mapa. Já imaginou pilotar um tanque sem um mecânico? E o sistema de revives em partidas solo? São questões que pedem soluções técnicas e de UX para manter a experiência justa.

A comunidade respondeu rápido ao lançamento: REDSEC foi alvo de review-bombing e, no PC via Steam, chegou a ficar com avaliações “Mostly Negative” antes de subir para “Mixed”. O jogo original, Battlefield 6, foi lançado em 10 de outubro e REDSEC chegou em 28 de outubro nas mesmas plataformas — PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Em análises, o spin-off dividiu opiniões: a IGN deu nota 7/10, elogiando o modo Gauntlet como um dos pontos altos. “Battlefield REDSEC oferece um modo battle royale pouco inspirado que dilui o que torna o multiplayer de Battlefield 6 tão divertido, mas sua opção Gauntlet concentra essa fórmula em um dos modos mais legais que já vi em um shooter militar,” escreveu Michael Cripe na review.

Ainda que a fila solo não seja uma promessa fechada, a postura da equipe é clara: ouvir os jogadores e lançar algo só quando fizer sentido para a jogabilidade. A equipe está ouvindo a comunidade — não é um ‘não’ definitivo. Para quem joga competitivo e curte cair solo, a espera é um pouco amarga; para quem valoriza o equilíbrio e a experiência coesa, isso indica cuidado.

No fim, a pergunta que fica para você, leitor brasileiro: prefere um battle royale fiel ao espírito de squads ou quer alternativas rápidas para jogar solo? Enquanto a DICE refina esse caminho, vale ficar de olho nas atualizações — e, claro, testar Gauntlet e Portal enquanto a discussão segue.