Borderlands 4 tem pente Torgue Sticky que cria instakill e mostra ‘total existence failure’

Borderlands 4 revela combo explosivo com SMG Torgue Sticky e modo Taser, gerando instakill; Gearbox prioriza buffs antes de nerfs, enquanto lida com problemas de performance.
Escrito por:
Lucas Amaral

Borderlands 4 ganhou mais uma maneira de transformar chefes em pó — e desta vez não é a famosa “faca”. Um criador de conteúdo que já viralizou com builds absurdas descobriu uma interação entre peças de arma que faz a barra de vida do inimigo simplesmente sumir, gerando no HUD a mensagem “total existence failure”. O que parece coisa de bug bizarro é, na prática, uma combinação de mecânica de projéteis adesivos, alternância de modo de disparo e uma arma de alta cadência que, quando alinhadas, detonam valores de dano inimagináveis. Como jogador técnico, fico pensando: será erro de cálculo ou uma falha de design que escapou por boa sorte?

Como a combinação funciona

O núcleo dessa interação exige duas coisas específicas: um pente Torgue Licensed Sticky Magazine e o modo de disparo alternativo Taser (underbarrel). O pente Sticky faz com que a arma dispare projéteis adesivos chamados gyrojets que grudam nos inimigos e detonam no recarregar ou na troca de modo, causando dano massivo. A sacada do vídeo foi usar uma SMG por causa da alta cadência e do pente grande — você carrega o inimigo com dezenas (às vezes centenas) de gyrojets em poucos segundos. Em vez de recarregar normalmente, você troca para o modo Taser; isso aciona a explosão sincronizada dos gyrojets, multiplicando o dano de forma tão rápida que o jogo mal consegue atualizar a barra de vida. O chefe some tão rápido que a animação da vida não acompanha — aparece a mensagem de “total existence failure”.

O processo é simples de entender, complicado de conseguir: encontre ou farme uma SMG com Sticky Magazine e alt-fire Taser, carregue o alvo, troque para o taser antes de recarregar e observe o colapso instantâneo da vida. Isso funciona em qualquer classe e não tem relação com a build da faca — é uma linha de dano puro baseada em interação de componentes. O resultado é praticamente um instakill de clipe único, algo que qualquer jogador competitivo vai querer testar imediatamente.

Quem descobriu e documentou isso foi o YouTuber NickTew, que já havia liderado a exploração da famosa faca. No vídeo, ele roda o combate em câmera lenta só para mostrar a mensagem de “total existence failure” porque, em velocidade normal, a barra some num piscar de olhos. “Você consegue tirar o chefe da existência,” disse NickTew.

Gearbox responde — por enquanto, sem nerf

Diante do bate-papo da comunidade sobre essas interações não-intencionais, a Gearbox optou por não nerfar de imediato. O estúdio anunciou que, no curto prazo, vai priorizar buffs para equipamentos e skills que estão abaixo do esperado antes de cair em cima de builds overpowered. “Vimos o discurso sobre builds que usam interações não intencionais e/ou a faca. Não vamos agir sobre isso imediatamente; em vez disso, vamos olhar para a nossa primeira rodada de buffs. Essas questões serão tratadas, mas vamos começar com equipamentos/skills subperformantes primeiro,” disse Graeme Timmins, diretor criativo de Borderlands 4.

Ou seja: essas loucuras de dano estão seguras até o próximo patch, pelo menos até que a prioridade mude. Mas quanto tempo até um ajuste apontar esse combo como bug? Difícil dizer. Interações assim costumam ficar no radar da desenvolvedora e, se forem de fato exploração de cálculo indevido, é provável que não durem para sempre.

Performance e bugs que complicam a jogatina

Enquanto a comunidade se diverte (ou se desespera) com exploits, a Gearbox também está lidando com problemas técnicos mais sérios. A equipe afirmou que melhorias de performance no PC são prioridade e que um slider de Field of View (FOV) está vindo para consoles. Isso porque análises técnicas mostraram queda contínua de framerate com tempo de jogo prolongado — mesmo em consoles topo de linha como PS5 Pro e Xbox Series X. O pessoal da Digital Foundry documentou que, após 30 minutos a uma hora de sessão, a taxa de quadros começa a cair, algo que eles classificaram como “intrusivo demais para a experiência”. “Resetar o jogo a cada hora não deveria ser a solução esperada para os jogadores,” disse Tom Morgan, da Digital Foundry.

Randy Pitchford, executivo da Gearbox, reconheceu os relatos e sugeriu uma medida paliativa para console: reiniciar o jogo quando a performance cair. “Reiniciar o jogo restaura performance,” disse Randy Pitchford. Claramente, não é a solução ideal, mas pelo menos a equipe sabe onde deve focar correções.

O cenário atual é mistura de empolgação e frustração: por um lado, existem exploits desbloqueando jogadas épicas; por outro, problemas técnicos que reduzem a qualidade da experiência. Farmers e testadores vão atrás do pente Torgue certo, questionando se vale a pena sacrificar tempo colecionando uma raridade para quebrar o jogo em um clipe. E você, prefere abusar dessas interações enquanto durarem ou acha que é melhor esperar por correção para manter o jogo “limpo”? Seja qual for a escolha, o jogo promete episódios interessantes até a próxima atualização — e eu vou ficar de olho nos números e nas mudanças.