Eles são jovens, estourados e já com história pra contar — Eduardo “dumau” Wolkmer e Bruno “latto” Rebelatto viraram a dupla do momento no cenário do Counter-Strike brasileiro e deram o primeiro passo grande lá fora ao erguer o troféu do CS Asia Championship em Xangai! Quem esperava que dois meninos que começaram a carreira juntos lá em 2021 ainda iam demorar tanto pra conquistar algo internacional, hein? Não é exagero: a trajetória deles tem altos, baixos, muita paciência e um caldo cultural competitivo que só o Brasil consegue oferecer. E o mais legal? Eles fizeram isso mantendo a mesma base técnica: o treinador Olavo “cky” Napoleão e o executivo Ricardo “dead” Sinigaglia, que hoje é CEO da organização. Isso tem cara de projeto de longo prazo — e deu certo agora que a taça veio!
A dupla e a jornada: de GODSENT a Legacy
dumau e latto se conheceram em 2021, quando ambos foram contratados pela GODSENT. Desde então, o caminho foi cheio de idas e vindas em organizações diferentes, muitos colegas de time trocados e, ao mesmo tempo, a manutenção daquela base que acreditou no potencial deles. Não é sempre que você vê uma dupla jovem permanecer junta por tanto tempo no cenário competitivo, principalmente quando ofertas aparecem e trocas viram rotina. A maioria dos jogadores acaba pulando de barco quando pinta uma proposta melhor, mas esses dois escolheram persistir na mesma contrapartida: cky e dead no encalço das ideias táticas e da construção do elenco. Será que essa lealdade deu um gás mental além do técnico? Com certeza! A química e o entendimento entre eles dentro do servidor hoje mostram que investir no processo pode ser fatalmente eficaz!
“É um sentimento diferente porque foi o nosso primeiro título. Ter isso na nossa carreira, almejar uma coisa dessas é o que todo jogador quer e gosta. É aproveitar o momento e tentar sempre mais”, disse latto durante o media day do PGL Masters Bucharest à mídia brasileira.
O primeiro troféu internacional: Xangai foi só o começo
Ganhar o CS Asia Championship em Xangai foi a confirmação para muitos — não só para os jogadores, mas para quem acompanha: ok, eles chegaram com força. A conquista não veio do nada; veio de um período longo de construção, de treinos e de ultrapassar dúvidas. dumau falou direto do coração quando explicou o que representa essa taça: uma libertação de uma pressão que vinha crescendo com o tempo, principalmente por toda a expectativa em volta da dupla. Já latto reforça que, apesar do gosto do título, o foco é resetar e encarar cada campeonato como um novo desafio, jogo a jogo. Essa mentalidade de “passo a passo” é o que separa times que só brilham por uma semana dos que realmente constroem legacy — sem trocadilho com o nome do time, né?
“Queremos aproveitar o momento. Ganhamos, mas estamos aqui agora, em outro campeonato, que começa do zero, jogo a jogo, e é assim que conseguiremos chegar lá novamente. É bom ter essa sensação, a experiência, e, se focarmos no passo a passo, dá para chegar lá e para ganhar”, disse dumau.
Essa primeira vitória internacional tirou um peso enorme das costas dos caras e mostrou que o caminho seguido realmente tem sentido! Persistência, paciência e confiança no processo: isso é o que essas semanas mostraram para todo mundo que acompanha CS no Brasil!
O mal-entendido sobre a fala e a relação com a FURIA
Como sempre acontece, uma frase fora de contexto virou assunto. Depois do CAC, latto deu uma declaração à HLTV que alguns interpretaram como uma cutucada na FURIA — que, aliás, tem sido dona de títulos e de uma consistência incrível nos últimos anos. Mas latto foi claro em explicar que não houve indireta. Ele só quis reforçar que é saudável ver outros times brasileiros conquistando espaço e títulos — que o cenário nacional tem talento sobrando. Essa solidariedade competitiva é bonita de ver: torcer pelo crescimento do cenário como um todo, né?
“Minha fala foi sem farpa alguma”, disse latto. “A galera da FURIA… todos são brasileiros. Eles trazem títulos para o Brasil há muitos anos, é incrível. A minha fala era sobre ter outros times brasileiros disputando e podendo ganhar também. Isso é muito bom e mostra que nosso cenário ainda tem muitos jogadores, muitos talentos”, continuou ele.
E completa com uma visão que é praticamente um abraço coletivo: “Independentemente da nacionalidade, todos ali são brasileiros, todos torcem para eles como se fossem brasileiros”, finalizou latto.
Aprendizados com veteranos e trocas que formam jogadores
Um dos pontos mais interessantes nessa história é que, apesar da dupla não ter trocado de parceria entre si, eles passaram por muitas experiências junto a jogadores consagrados. Jogar ao lado de nomes que já conquistaram títulos e absorver o que esses caras têm a oferecer foi um dos motores dessa evolução. Dumau citou várias figuras como referências de aprendizado — conversar com FalleN, com a galera do MIBR, com TACO, fer, kNg, e outros dá uma escola que não se aprende só olhando replay. Essas convivências ajudam a lapidar o jogo e também a postura fora do servidor.
“Dividimos o servidor com muita gente nesses anos, pessoas que já ganharam muitos títulos, com ideias diferentes, e você vai aprendendo e moldando a forma como você pensa. É como se eu tivesse pulado uma etapa por ter jogado com essas pessoas, que me ajudaram desde meu começo pela RED”, explicou latto.
Dumau, por sua vez, destacou lições de calma e comunicação que recebeu de jogadores como NEKIZ: aprender a falar na hora certa, não extrapolar, manter a postura. São detalhes que pesam demais em momentos decisivos, principalmente em palco, com pressão e plateia.
“Tenho um exemplo do NEKIZ, que é um cara muito calmo. Ele nunca passou do limite, sempre falava na hora certa. Ele me fez pensar como falar melhor com as pessoas, ser mais calmo”, disse dumau.
Os baixos — porque nem tudo é só troféu
Ninguém sobe sem conhecer o fundo do poço. dumau e latto lembraram dos piores momentos: o RMR da China, ocasiões em que equipes promissoras não se classificaram, e outras quedas de rendimento no final de 2023. A vida de jogador é isso: um eterno pêndulo entre confiança e dúvida. Quando as coisas não acontecem, parece que a base treme, os questionamentos pipocam e a paciência é testada. Mas aí entra o papel da organização e das pessoas ao redor: manter a cabeça no lugar, oferecer suporte. latto disse que sempre teve respaldo e isso ajudou demais em momentos ruins.
“É claro que, quando você está num momento muito ruim, é difícil ser positivo o tempo todo. Às vezes você terá uma recaída e vai questionar se está certo ou não. Mas sempre tivemos um backup muito bom da organização, da galera por trás, seja por amizade ou por trabalho. Eles conseguiram me manter centrado e acreditando no projeto”, explicou latto.
Para dumau, a história ganhou também um tom patriótico e de fé. Ele sempre quis provar que dá para ganhar com um time brasileiro, mostrar que o Brasil tem voz lá fora e que é preciso sacrifício, trabalho duro e crença — inclusive em Deus, nas palavras dele. Isso mostra o quanto a jornada é pessoal além de profissional.
“Desde que entramos na GODSENT, eu sempre quis ganhar com um time brasileiro e mostrar que dá. Que o Brasil ainda tem um local de fala, tem o poder de ir para fora, sacrificando muita coisa. Para quem está no Brasil também, ter a consciência de que realmente dá, trabalhar duro e acreditar, ter fé em Deus, principalmente, para poder correr atrás dos seus sonhos”, explicou dumau.
Bucareste, PGL Masters e o futuro passo a passo
Com a taça no armário, a Legacy chega a Bucareste com moral — e com a responsabilidade de provar que podem medir forças com os maiores. As ausências de alguns gigantes deram espaço para que o time entrasse como uma das apostas, mas os próprios jogadores tratam favoritismo com cautela. dumau definiu o cenário como 50/50: tudo depende de atitude, da cabeça dos jogadores e de como cada momento se desenrola. É um lembrete de que CS é momentum, caramba! Um round vira história inteira!
“Para mim não tem favoritismo, está muito 50/50. O que muda não é a expectativa, é a atitude, os seus pensamentos e como você se impõe no jogo. Às vezes isso pode ser muito momentâneo por causa do 50/50”, disse dumau.
Eles sabem que o caminho é subir degrau por degrau. Mais playoffs, mais experiência em palco, mais casca. O objetivo é entrar em torneios, disputar títulos e, principalmente, encarar os grandes de igual pra igual para ver onde realmente estão no mapa global. Claramente há confiança, mas sem pressa: a meta é evoluir de maneira sustentável.
“Temos de ir degrau por degrau, somos um time muito novo, tanto em idade quanto em tempo de equipe. Temos de ir passo a passo, entramos em todo campeonato para disputar título, mas quanto mais playoffs jogarmos, mais ganhamos casca em palco”, contou latto.
E dumau completa com a vibe de quem já sentiu o gosto amargo da derrota e agora quer mais: é aproveitar, aprender, e seguir. Quem acompanha sabe: não dá pra ser imediatista nesse cenário. Leva tempo — e eles aprenderam a não se desesperar por resultados instantâneos.
O que essa dupla representa pro cenário brasileiro?
Eles representam a nova guarda que aprendeu com a velha, manteve humildade, e agora começa a colher os frutos. Dá orgulho ver jogadores jovens, brasileiros, mostrando que dá para sonhar grande e conquistar fora. A combinação de talento natural, aprendizado com veteranos, suporte da organização e aquela fé inabalável foi o que os trouxe até aqui. E você, leitor — não dá uma empolgação ver nossa cena crescendo assim? Não é só sobre um troféu, é sobre provar que dá pra construir algo consistente sem se perder no meio do caminho!
No fim das contas, dumau e latto seguem firmes: o título em Xangai foi histórico, mas é só um degrau. O próximo desafio já começou no PGL Masters Bucharest, e a expectativa é ver se eles conseguem transformar a moral em consistência contra os grandes. Independente do que acontecer, uma coisa é certa: a trajetória da dupla mostra que paciência, trabalho duro e aprendizado com os maiores podem sim materializar sonhos. Vamos ficar de olho nessa história — porque está só começando!!!