João “felps” Vasconcellos está de volta aos palcos e a energia é real!!! Depois de seis meses sem um time fixo, o veterano assinou com a Gaimin Gladiators e fez sua estreia no Circuit X Retake, em São Paulo — e, acredite se quiser, mesmo vacinado e com experiência nos maiores eventos do mundo, ele disse que ficou nervoso. Quem nunca, né? Ficar sem a rotina da LAN mexe com qualquer um, até com quem já viu tudo no CS!!! “Depois de tanto tempo, eu fiquei ansioso para jogar uma LAN, acho que por conta do tempo que fiquei em casa”, disse felps.
Volta às LANs e a maratona de pugs
A volta não foi só glamour: felps contou que, durante o período sem contrato, não ficou parado. Muito pelo contrário — ele se enfiou nas filas ranqueadas até estourar o relógio da Steam. “Eu estava destruindo minha cabeça. Eu não tinha o que jogar a não ser pug. Eu estava com 160 ou 170 horas na Steam, muito pug, uns 12 a 15 jogos por dia. E é estressante, porque é um jogo aleatório e sem sentido em nada”, explicou. Dá pra imaginar a cabeça? Jogar sem coletivo, sem rotina de treino, só puxar frag e seguir o fluxo… é desgastante demais, mas foi esse sufoco que, segundo ele, o empurrou de volta pro competitivo.
Ele não escondeu a emoção de ter voltado às LANs — e até releva os perrengues: por causa de atrasos a partida da GG acabou varando a madrugada, e o confronto decisivo do grupo foi adiado. Mesmo assim, ele tentou focar no lado bom. “Estou bem feliz, está bem legal, estou ignorando as coisas ruins durante o dia porque estou feliz de estar de volta”, completou. Não é lindo? Depois de meses sem um projeto claro, estar de volta à vibração do palco faz tudo valer a pena!!! Ele não aguentou ficar longe da competição e foi à luta — 160 horas na Steam e uma meta fixa.
A fala dele deixa claro o mix de sofrimento e esperança: a maratona de pugs foi entediante e solitária, mas manteve a resiliência afiando a vontade de competir. “Não foi fácil, foi bem chato, difícil, mas não perdi a resiliência. Me fez tomar a decisão (de voltar). Eu não aguento ficar sem competir, não é hora de parar, está bem longe. Resetou minha cabeça para isso. Foi difícil, mas fui jogando, aguentando, na resiliência, e acho que fiz a escolha certa. Estou bem feliz agora”, disse. Dá pra sentir a sinceridade, né? É aquele mix de alívio e motivação que contagia!!!
Escolhas de mercado: esperar ou aceitar?
Durante a pausa, a agenda de propostas não parou de tocar. Felps contou que recebeu sondagens de vários times — inclusive de organizações com potencial para ir ao Major — mas preferiu segurar a onda e esperar pelo projeto certo. “Tive propostas que mexeram comigo. Não posso falar, mas times que estão melhores ranqueados e poderiam até jogar Major. Mas não quero entrar num time para depois sair em seis meses porque não deu certo ou porque sabíamos que não daria certo com tal pessoa”, contou. Sacou a maturidade? Ele já viveu o sobe e desce de entrar em times que não vingaram e prefere projeto sólido a atalho rápido.
A decisão de escolher a Gaimin Gladiators veio de uma sensação mais do que de um check-list: quando a proposta chegou, ele sentiu que tudo se alinhou. “Eu só senti. Não tem um motivo específico. Das outras propostas que eu recebi, algumas não foram oficiais, eram só projetos que a galera estava montando. Quando recebi a proposta deles, achei que não tinha nada que eu não pudesse gostar. Tudo se alinhou. (Vão falar que) ‘o time ainda não é lá essas coisas’, mas para mim não tem problema. Com o tempo o time cresce junto”, explicou. Interessante observar que, para ele, estabilidade e química com pessoas novas valem mais do que entrar num time que só promete resultado rápido!
Felps quer reviver o que viveu em 2017 — e não está jogando pequeno. Ele deixou isso muito claro: a meta pessoal é grande e pessoal. Treinar até exaustão, focar no próprio nível e fazer com que as oportunidades apareçam pela própria performance. “Eu tenho uma meta de tentar reviver um pouco do que eu passei em 2017 pelo menos uma última vez na minha carreira, porque foi muito bom. Eu amo competir. Esse jogo é ótimo para isso, é o jogo que fez a minha vida. Essas duas coisas foram essenciais, mesmo nos momentos ruins, de tristeza, de ‘Será que vou achar um time bom de novo?'”, continuou o jogador. Quem não vibra com essa vontade de buscar o pico outra vez?!
Ele foi categórico ao dizer que, no fim das contas, depende dele: se jogar bem, as oportunidades aparecem. “Depende só de mim, obviamente. (Eu pensava) ‘se eu matar, jogar bem pra caramba, vai vir, vai acontecer’. Eu sabia que dependia só de mim”, completou. Essa confiança é o que separa quem espera do que corre atrás!!!
Visão crítica sobre o Major e o sistema de pontos
Felps também comentou o tal objetivo eterno de muitos times: o Major. Só que ele tem uma visão crítica sobre o sistema de pontos atual e sobre a pressão que virou obsessão. “Hoje em dia parece que o objetivo é Major. Na maioria dos times (o objetivo) é Major, Major, Major. O meu objetivo é estar lá, as organizações necessitam estar lá, mas eu nem penso nisso”, afirmou. E ele foi além: “Esse esquema de pontuação, para mim, não é justo. Uma LAN isolada, em tal lugar, dá muito ponto. E ganha de um time para classificar na hora ali, tem que fazer a matemática, é um negócio muito estranho, não tem mais aquela pressão. Eu não estou pensando nisso agora, nem sei se vai continuar desse jeito o esquema da Valve”, completou.
Ele quer mais do que só ir ao Major por obrigação; quer competir com chance real de brigar por semis e finais. “Obviamente, não tem como negar que o objetivo é o Major, mas, para mim, não tem mais pressão do tipo ‘Caralho, preciso estar lá’. No final das contas a gente vai, acaba não fazendo nada e sai. Legal, jogou Major, ganhou o dinheiro do sticker, mas e ganhar?'”, questionou. Ele citou exemplos de times que foram além da mera presença e chegaram longe — e disse que é nisso que ele quer trabalhar: disputar, ter chance de ganhar, voltar a sentir aquelas campanhas marcantes.
Para fechar, felps resumiu seu novo foco: competir sério, crescer com o time e mirar alto — sem pirar no sticker ou em metas artificiais de pontuação. “Se eu colocar na minha cabeça que o importante é competir e ser muito forte, e não sticker, dinheiro, Major e essas coisas, aí dá certo”, finalizou. E aí, você também sente essa vontade de ver o felps pegando ritmo com a GG e incomodando os grandes de novo? Quem mais tá animado pra ver se ele vai trazer aquele fogo de 2017 de volta?!!!