FURIA vence G2 por 2-0 e garante playoffs da IEM Chengdu; paiN elimina TYLOO

FURIA domina G2 com estratégia eficiente enquanto paiN elimina TYLOO graças a jogadas individuais decisivas, destacando a importância do controle tático e consistência nos fundamentos.
Escrito por:
Lucas Amaral

A madrugada foi brasileira em Chengdu: FURIA confirmou passagem para a próxima fase com autoridade sobre a G2, enquanto a paiN se manteve viva no torneio ao eliminar a TYLOO. Dois estilos distintos — controle tático e explosões individuais — e dois resultados que lembram: quem não erra nos fundamentos ainda vai longe. Quer analisar o que funcionou em cada confronto e onde cada time precisa ajustar antes das próximas partidas?

FURIA controla ritmo e fecha sem sustos

A série contra a G2 foi resolvida em 2-0 — 13-5 na Train e 16-14 na Overpass — com FURIA impondo ritmo do começo ao fim. No mapa rápido, o time brasileiro desmontou a economia e a defesa adversária com executes bem calculados e trade eficiente; no overpass, a G2 tentou responder, mas faltaram rounds decisivos. O que saltou aos olhos foi a consistência nas rotações e a capacidade de fechar clutches em momentos-chave.

Individualmente, destaque para Danil “molodoy” Golubenko (43-26, ADR 84.9, rating 1.29) terminando como principal frag leader da série, e Yuri “yuurih” Santos com KAST alto (83.3%) e impacto constante. Kaike “KSCERATO” e FalleN tiveram contribuições sólidas: KSCERATO com presença nos confrontos diretos e FalleN com leituras táticas que traduziram-se em rounds ganhados no lado T — especialmente em executes coordenados. YEKINDAR também apareceu com números relevantes em situações de pressão. Do outro lado, SunPayus até somou kills (38-32) e tentou carregar, mas a falta de suporte consistente de MATYS, HeavyGod e huNter- foi decisiva para a queda da G2.

Do ponto de vista técnico, FURIA se sobressaiu em: gerenciamento de economia (evitando buys desproporcionais), aproveitamento de espaços criado pelos smokes e flashes, e transições rápidas entre bombsites. Resta ver se esse padrão se mantém contra a MOUZ às 4h desta quarta — um jogo que define se o time vai direto às semifinais ou cai às quartas.

paiN respira e sobrevive em duelo eliminatório

A paiN venceu 2-0 a TYLOO no eliminatório do Grupo A, com 13-6 na Nuke e 13-11 na Inferno. Foi uma partida marcada pela liderança de João “snow” Vinicius (44-28, ADR 104.4, rating 1.62), que praticamente carregou o side CT em Nuke com entradas cirúrgicas e controle de ângulos. snow foi a diferença entre sobreviver e sair cedo do torneio.

Lucas “nqz” Soares também apareceu com impacto (38-24, ADR 87.0), mantendo pressão nos rounds de execução. A TYLOO apresentou algumas respostas individuais, mas sofreu com rounds mal coordenados e dificuldade em recuperar economia após perdas iniciais. PaiN mostrou diversidade tática: rounds com fake bem explorados na Nuke e pivôs rápidos no bombsite B de Inferno — elementos que derrubaram a resistência adversária nos momentos decisivos.

A sequência brasileira segue: a paiN volta ao servidor na madrugada de quinta, às 1h30, para encarar a The MongolZ em partida de vida ou morte. Se a equipe repetir o controle de mapas e o desempenho individual de snow, a vaga é possível; se falhar em ajustar a defesa de entradas e a transição pós-plant, a pressão pode virar problema.

Mais cedo, outros resultados movimentaram a chave: Astralis garantiu vaga contra The MongolZ e a Falcons superou a Spirit, enquanto no Grupo B a MOUZ bateu a Vitality além da já citada vitória da FURIA. A lição da noite? Em CS competitivo, execução tática e aproveitamento de individuais andam juntos — e quem faz ambos de forma consistente avança.