Life Is Strange criadores ficam de fora da série da Amazon, diz roteirista Christian Divine

A notícia caiu como uma bomba nostálgica: a Amazon anunciou uma série de TV de Life is Strange — e a reação inicial foi principalmente uma pergunta esmagadora: cadê quem criou o jogo? Christian Divine, roteirista original e lead writer do Life is Strange, foi direto ao ponto: “as únicas pessoas que não estão envolvidas são os criadores.” Uau!!! Como assim? Não é meio estranho transformar uma história tão íntima e baseada em escolhas em série sem chamar quem escreveu ela lá no começo?

Quem está por trás da série — e quem ficou de fora?

No comunicado, a Amazon diz que a adaptação será produzida pela Square Enix (que detém os direitos), pela LuckyChap (co-fundada pela Margot Robbie) e pela Story Kitchen, que se descreve como especialista em transformar IPs “não tradicionais” em filmes e séries. O nome de Charlie Covell (de The End of the F***ing World) aparece como criador e showrunner — um nome forte, sem dúvida. Mas o que chama atenção mesmo é o silêncio: o estúdio francês Don’t Nod, responsável pelo jogo original de 2015, não aparece no release. Nem Christian Divine, nem Michel Koch, nem Raoul Barbet foram mencionados.

“Ver o jogo criado por @DONTNOD_Michel, @RaoulBarbet, Jean-Luc Cano, e nossa equipe @DONTNOD_Ent tornando-se uma série é uma honra incrível!” — escreveu o produtor executivo da Don’t Nod, Luc Baghadoust, destacando os criativos por trás do título. A mensagem, apesar de simples, acendeu debates: será que a omissão foi proposital ou só um deslize corporativo? Os criadores originais ficaram de fora — e isso deixa muita gente desconfortável!

Reação dos fãs (e aquele debate inevitável)

Na internet, a discussão ferveu. Usuários do reddit e da comunidade de fãs deram suas opiniões — algumas cheias de razão, outras mais massageadas pelo medo do change. Um fã chamado mirracz resumiu bem a reclamação comum: “Quando se trata de adaptar jogos narrativos, alguém do estúdio deveria estar lá. Se não como roteirista, pelo menos como consultor.” Outro, EdenH333, ponderou com calma: “Concordo com o princípio. Criadores de adaptações deveriam conversar com os criadores originais quando possível. Mas, como regra, Hollywood raramente faz isso, e isso não é necessariamente o fim do mundo.”

A comparação que todo mundo joga na roda apareceu rapidinho: “Não lembro os criadores originais de Fallout estarem envolvidos na série de Fallout, e a série ficou ótima,” afirmou MagnusGallant23, lembrando que a Amazon já teve sucesso adaptando jogos. E tem quem já aceite a bronca de fãs como inevitável: “Essa série vai irritar a galera de qualquer jeito… nossa comunidade é muito protetora e qualquer desvio vai gerar reclamação,” disse alihou. Quem nunca ficou paranoico quando mexem na sua franquia favorita, né?

Mas também tem o outro lado: Square Enix External Studios, por meio de Jon Brooke e Lee Singleton, tentou acalmar os fãs: “Há anos muita gente pedia uma série de Life is Strange, e estamos muito felizes em finalmente fazer parceria com a Amazon MGM Studios, em quem confiamos para fazer um trabalho incrível ao trazer nosso universo à vida.” Será que a confiança das produtoras é suficiente pra gente se acalmar? Será que uma série pode captar a alma do jogo sem os criadores originais por perto?

Falando nisso, um dos grandes desafios práticos da adaptação é justamente a mecânica de escolhas e finais múltiplos. Life is Strange não é só um roteiro linear: é uma experiência interativa, cheia de momentos que dependem do jogador. Como traduzir isso para a televisão? Vai ter vários finais? Um único canônico? Um jogo de espelhos narrativos? Fãs estão preocupados com as mudanças — e com razão!

Além disso, o contexto corporativo pesa: Don’t Nod e Square Enix se distanciaram publicamente depois de Life is Strange 2, e a franquia seguiu sob outros desenvolvedores, como o Deck Nine. Mesmo que o game original já tenha 10 anos, a ligação emocional do público com Max, Chloe e Arcadia Bay permanece forte — e qualquer adaptação séria precisa respeitar isso.

No fim das contas, eu tô ansiosa e meio em pânico — e aposto que você também tá, né? Quem você quer ver trabalhando nesse tipo de adaptação: os estúdios grandes com expertise em TV ou os próprios criadores do jogo? Dá pra equilibrar os dois? Eu, pelo menos, quero muito ver Max e Chloe ganhando vida na telinha — mas quero elas como foram criadas: com respeito, sensibilidade e tempo pra respirar. Vamos ficar de olho nas próximas notícias e torcer pra que essa série seja uma cartinha de amor aos fãs — e que inclua quem escreveu essa história linda desde o começo!!!