MIBR perde por 2-0 para Astralis e fica 0-2 na PGL Masters Bucharest, à beira da eliminação

O MIBR está a uma derrota da eliminação na PGL Masters Bucharest, precisando corrigir falhas táticas e melhorar rendimento para evitar a eliminação precoce.
Escrito por:
Lucas Amaral

O MIBR está a uma derrota de ser eliminado da PGL Masters Bucharest depois de perder por 2-0 para a Astralis — resultado que deixa a equipe brasileira com 0-2 na fase inicial. No olhar frio dos números: precisa de três vitórias seguidas para alcançar os playoffs; se perder mais uma, adeus campeonato. É uma margem de erro praticamente inexistente para um time com ambições, e a série contra a Astralis deixou claro onde estão as falhas.

O primeiro mapa foi Inferno, escolha do MIBR. Eles venceram o pistol inicial, mas aí a Astralis impôs uma sequência de 11 rounds seguidos no primeiro half que praticamente decidiu o mapa. No segundo tempo, os dinamarqueses mantiveram o controle tático e fecharam em 13-4 — domínio absoluto nas rotações, melhor uso de utilitários e execução de site com timings mais limpos. Nuke, o segundo mapa, foi mais disputado: MIBR chegou ao intervalo na frente por 7-5 e, na segunda metade, subiu até 11 pontos antes de ver a Astralis buscar o empate e virar para 13-11. Onde o time travou? Principalmente em clutches e rounds-chave nas transições CT→T; a eficiência nos trades e a perda de posições-chave nos sites custaram caro.

Desempenho e números

Do lado da Astralis, Nicolai “device” Reedtz foi o destaque com 37 eliminações e um +19, mantendo ADR consistente (~79.9) e um impacto enorme nas rotações adversárias. Rasmus “HooXi” e Victor “Staehr” também apareceram com números sólidos (30-27 e 29-21 respectivamente), sustentando a pressão. No MIBR, Raphael “exit” Lacerda foi o mais produtivo com 29 eliminações, mas os demais jogadores apresentaram K-D negativo e quedas significativas no ADR — Felipe “insani” e Bruno “brn$” tiveram partidas abaixo do esperado, o que comprometeu as iniciativas do time. Estatísticas como KAST e Rating mostram que a consistência de rounds da Astralis foi superior do começo ao fim.

Tecnicamente, faltou sincronia nas rotações e disciplina nos contatos; a Astralis explorou gaps de informação com flashes e smokes precisos. O MIBR precisa revisar suas chamadas táticas e o posicionamento nos sites para não depender de clutches isolados. E a pergunta que fica: o time consegue se ajustar rápido o suficiente em um formato onde cada derrota é fatal?

A situação dos brasileiros no torneio varia: paiN está com 2-0 e a Legacy com 1-1, enquanto o MIBR precisa virar a chave já no próximo jogo. É hora de correção técnica, mentalidade afiada e prioridades claras — ou o sonho termina mais cedo do que esperavam.