Desde o lançamento de Battlefield 1942 no verão de 2002, a série de guerra multiplayer em grande escala da EA e da DICE se consolidou como uma das franquias de tiro em primeira pessoa mais aclamadas e disputadas até hoje. Através de reinvenções constantes, o Battlefield sempre pareceu fresco, transitando por várias eras e cenários, suportando mais de 100 jogadores simultâneos em um só mapa e equilibrando sua vertente multiplayer com campanhas solo que exploram facetas cruas do conflito. Não é surpresa que, mesmo após dois décadas e alguns tropeços, a franquia ainda esteja em alta. Seja nas trincheiras da Segunda Guerra, nos combates modernos ou nas ruas de Miami, há um jogo para cada perfil. Mas qual deles é o melhor? Com o calor das batalhas de Battlefield 6 se aproximando, vamos revisitar a saga e eleger os 10 títulos definitivos da série.
10. Battlefield 2142
Desenvolvido pela DICE em 2006, este spin-off leva a guerra para um futuro gelado de combates entre União Europeia e Pan-Ásia. Embora derivado do motor do Battlefield 2, 2142 introduziu um sistema de progressão refinado, escolhas de classe melhoradas e o inovador modo Titan: derrube escudos de naves gigantes, boarde a tripulação inimiga e destrua o núcleo central. O Titan mode se destaca até hoje como uma das mecânicas mais originais da série. Mesmo parecendo uma modificação robusta do BF2, ele criou uma identidade própria que ainda atrai fãs em servidores não oficiais. É o clássico cult que prova que futurismo e escala podem casar muito bem.
9. Battlefield Hardline
Visceral Games trocou tanques e bunkers por viaturas e neon de Miami em 2015, pivotando o conflito para a Guerra às Drogas. Cético para quem vinha da modern warfare, Hardline trouxe modos como Hotwire (perseguições de carros), Blood Money e Heist, todos com uma pegada de crime urbano. O multiplayer manteve o caos de larga escala, mas foi no solo que o jogo brilhou: a campanha estilo procedural policial (à la Law & Order) permite que você jogue como bom ou mau policial, prendendo ou atirando sem dó. Essa ruptura tonal no singleplayer fez de Hardline uma experiência única na franquia. Mesmo que o multiplayer não flua tão bem quanto nos Battlefields principais, o out-of-the-box de cops vs. robbers ainda diverte.
8. Battlefield 1943
Em 2009, a DICE apostou em distribuição digital exclusiva para console, entregando um pacote enxuto mas competente. Recriando o teatro do Pacífico no Frostbite, o jogo trouxe gráficos avançados, destruição de cenários e partidas de 24 jogadores em três mapas clássicos: Wake Island, Guadalcanal e Iwo Jima. A limitação no tamanho não prejudicou a essência: infantaria, veículos e aeronaves casam-se em uma jogabilidade ágil e frenética. Claro, faltaram mapas e classes, mas foi um importante meio de levar o DNA de Battlefield 1942 ao público de PS3 e Xbox 360, fortalecendo o apelo digital no mercado de consoles.
7. Battlefield 1942
O marco inicial de tudo: 2002, PC, 64 jogadores, Conquest e classes bem definidas (Assault, Engineer, Medic, Scout). Antes de então, multiplayer grande era raridade; 6v6 ou 12v12 dominavam. A troca de infantaria para tanques e aviões era perfeita, sem carregamento. O sistema de classes e o foco em objetivos mudaram para sempre o gênero de shooters. Mesmo hoje, jogando a versão original, é reconhecível como Battlefield. Os testes de estresse em grandes mapas e a alternância entre solo, terra e ar estabeleceram um padrão que a série carrega até hoje.
6. Battlefield: Bad Company
Em 2008, a DICE estreou o Frostbite, possibilitando destruição de edifícios e deformação de terreno. Bad Company trouxe as paredes desabando como nunca antes e entregou o primeiro enredo com toque de comédia, com a esquadra desajustada que rouba uma arma superpoderosa e parte para aventuras explosivas. Os mapas mais contidos levaram o foco para o console, enquanto o jeito debochado do roteiro e dos diálogos diferenciou essa experiência. Foi o começo da destruição dinâmica de cenários que se tornaria marca registrada dos Battlefields posteriores.
5. Battlefield 4
Lançado em 2013, o quarto capítulo bebeu da essência de Battlefield 3, mas adicionou o “Levolution”: colapso de arranha-céus, tsunamis e mudanças drásticas de mapa em tempo real. Construído para múltiplas gerações de consoles e PC, o jogo uniu ar, terra e mar com o mesmo capricho. Embora tenha enfrentado bugs graves no lançamento—lobby reduzido em PS3 e Xbox 360, falhas no PSN e glitches no PC—tudo foi consertado em patches. O Levolution elevou a destruição de cenários a outro patamar. Mesmo com um início problemático, ficou marcado como um pacote sólido de multiplayer e campanha no estilo Call of Duty, só que com o verdadeiro feeling de Battlefield.
4. Battlefield 2
Em 2005, a franquia saiu da Segunda Guerra e mergulhou em conflitos contemporâneos: helicópteros, mísseis guiados e até UAVs. O jogo refinou o combate com esquadrões menores dentro de times grandes, promovendo táticas coordenadas entre squads e um cargo de Commander que emite ordens gerais. A cereja do bolo foi o chat de voz integrado in-game, um divisor de águas na comunicação tática. Dessa forma, Battlefield 2 elevou a imersão estratégica, tornando cada esquadrão um time real. Foi uma revolução na forma de jogar, aproximando a cooperação do realismo.
3. Battlefield 1
Em 2016, a DICE revisitou a Primeira Guerra Mundial com armas rudimentares — SMGs sem red-dot, rifles de ferrolho e explosivos primitivos — mas manteve a diversão do tiroteio. O modo campanha é dividido em histórias curtas que relatam batalhas reais: as trincheiras na França, as ações de Lawrence da Arábia e outros episódios marcantes. No multiplayer, Frostbite exibe destruição impressionante e efeitos climáticos dramáticos. O modo Operations costura várias rodadas num arco narrativo de guerra épica. Até hoje, é referência em ambientação cinematográfica e dinamismo tático, quase uma década depois do lançamento.
2. Battlefield: Bad Company 2
Em 2010, Bad Company retornou com jogabilidade lapidada: perks que deram mais profundidade aos confrontos, destruição ainda mais refinada e o clássico Conquest ao lado de Rush, aperfeiçoamento do Gold Rush. O multiplayer é intenso, com veículos, explosões e cenários que se partem ao meio para expor inimigos escondidos. A campanha manteve o humor ácido do primeiro Bad Company, mas de forma mais equilibrada. Rush foi a grande sacada de design, oferecendo ritmo de ataque e defesa que conquistou legiões de jogadores e se tornou sinônimo de Battlefield.
1. Battlefield 3
O campeão incontestável: lançado em 2011, para PC, PS3 e Xbox 360, FREEZE (Frostbite 2) entregou visuais estonteantes e física de destruição que ainda impressiona. O multiplayer é a definição de caos ordenado: progressão recompensadora, especializações de classe afinadas e possibilidades táticas quase infinitas. Dirigir um buggy com C4 e voar de jato em um mesmo round era apenas o começo das madrugadas épicas em tiroteios de 64 jogadores. A campanha solo e cooperativa são exageradas no melhor estilo blockbuster, mas é no multiplayer que o jogo brilha de verdade. Até hoje, é o ponto alto da franquia e um dos shooters mais divertidos já criados.
E aí, ficou surpreso com o ranking? Qual título fez seu pulso acelerar mais? De 2142 ao épico caos de Battlefield 3, cada jogo trouxe algo único à mesa. E você, acha que Battlefield 6 vai balançar essa lista em breve? Deixe suas impressões e os momentos mais insanos que você viveu na série.