O mundo dos games tá pegando fogo outra vez: ontem soubemos do adiamento do tão aguardado GTA 6 junto com o balanço trimestral da Take-Two, e, como se não bastasse, a Rockstar demitiu entre 30 e 40 funcionários dizendo que eles “divulgavam e discutiam informações confidenciais em fórum público”. Mas os próprios demitidos dizem que estavam num chat do Discord ligado a movimento sindical — e que foi demissão na lata, uma tentativa descarada de quebrar a organização dos trabalhadores. Quem diria que a estreia de um jogo ia virar política e tribunal de conduta, né?!!!
Caos dentro e fora do estúdio
A confusão culminou com o CEO da Take-Two, Strauss Zelnick, defendendo a cultura da empresa e afirmando que estão “muito orgulhosos” das relações trabalhistas. Em entrevista ao IGN, ele preferiu remeter às declarações públicas já feitas pela Take-Two e Rockstar e não respondeu diretamente se a empresa é contra sindicatos. Ainda assim, Zelnick falou longamente sobre estatísticas de turnover e prêmios de empregador. “Aqui está o que temos posição: valorizamos muito cada um de nossos colegas. Temos 13.500 colegas no mundo todo… estamos tão orgulhosos da nossa cultura. Nos últimos anos fomos reconhecidos mais de 15 vezes como empregador de escolha…” — Strauss Zelnick. É tenso ver dados e certificados sendo usados como escudo num momento em que pessoas alegam terem sido punidas por organizar uma voz coletiva!!!
Os ex-funcionários e apoiadores foram às ruas em frente aos escritórios do estúdio no Reino Unido para protestar, com cartazes e faixas — e a organização Independent Workers Union of Great Britain (IWGB) manteve a crítica feroz. “A Rockstar continua desviando do verdadeiro motivo dessas demissões: eles têm medo de funcionários que falam privadamente sobre exercer seus direitos por um ambiente de trabalho mais justo e uma voz coletiva. A gestão está mostrando que não se importa com atrasos no GTA 6, e que está priorizando o anti-sindicalismo ao mirar nas pessoas que fazem o jogo” — Alex Marshall, IWGB. Eles também afirmam que apenas organizadores sindicais não pertencentes à Rockstar estavam no Discord.
Para muita gente, isso cheira a caça às bruxas: funcionários organizando conversa privada sendo demitidos por suposta “conduta grave”. A Rockstar, por sua vez, mantém que as demissões foram por “conduta grave e por nenhuma outra razão”. Quem está certo e quem está mentindo? Difícil saber sem investigação transparente, né?!
Além disso, a própria IWGB apontou que executivos da Rockstar teriam se beneficiado de 443 milhões de libras em incentivos fiscais nos últimos anos, e questionou a priorização de lucro sobre direitos de trabalhadores e respeito às leis. Enquanto isso, um porta-voz da Take-Two clarificou informações sobre as taxas de rotatividade que Zelnick citou, dizendo que a taxa global da Rockstar é 4% e que no Reino Unido é “metade desse número”, e que o suposto 12% de média da indústria vem de pesquisas internas e plataformas de dados combinadas.
A situação tem camadas: em 2022 houve um vazamento massivo do jogo em desenvolvimento e, depois, em 2023, o lançamento antecipado de um trailer, o que fez a Rockstar exigir retorno ao escritório cinco dias por semana alegando produtividade e segurança. Isso já tinha azedado a relação com alguns funcionários e com sindicatos, que disseram que promessas foram quebradas e que a empresa se recusou a dialogar.
GTA 6, por ora, está remarcado para 19 de novembro de 2026 — mas será que isso acalma os fãs? E mais importante: será que os estúdios de jogos vão aprender a lidar com transparência, diálogo e direitos trabalhistas sem transformar tudo em guerra pública? A cena brasileira acompanhou atentamente, claro: aqui temos comunidades vibrantes de jogadores e desenvolvedores que observam e aprendem com casos como esse — afinal, ninguém quer trabalhar num ambiente tóxico, nem quer ver o jogo favorito virado em escândalo!
O lance agora é acompanhar as investigações e protestos, apoiar quem busca condições justas e lembrar que jogos não saem do nada: por trás de cada mundo aberto gigante tem gente que merece respeito. Quem aí acha que as empresas deveriam abrir mais espaço pra diálogo com funcionários, em vez de demitir na pressa? Não seria esse o caminho pra um futuro melhor pros jogos — e pras pessoas que os fazem?!