A hype pegou de jeito: Dawn of War 4 foi anunciado na Opening Night Live 2025 com trailer de estreia, trechos de gameplay e uma surpresa no estúdio responsável. Se você cresceu amando o RTS original de 2004, a ideia de um novo capítulo é boa demais pra não analisar com lupa. Afinal, quem esperava que Relic voltaria não está totalmente errado — eles reviveram a franquia com a Definitive Edition — mas desta vez a responsabilidade ficou com a King Art Games, conhecida por Iron Harvest, enquanto a publicação fica por conta da Deep Silver, apoiada por um subsídio alemão. E o que isso muda na prática? Vamos destrinchar.
O que foi anunciado
Dawn of War 4 promete um retorno às mecânicas clássicas do primeiro jogo, com foco em combate visceral e microgerenciamento de esquadrões. “O jogo retorna às suas raízes com a jogabilidade clássica de Dawn of War e um sistema de combate projetado para trazer o combate sanguinário de Warhammer 40.000 à vida como nunca antes.” — descrição oficial. São quatro facções confirmadas no lançamento: Space Marines (Blood Ravens de volta), Orks, Necrons e, estreando na série, o Adeptus Mechanicus. O jogo terá quatro campanhas narrativas com mais de 70 missões no total, CGI de abertura e cutscenes totalmente animadas. “Serão intros em CGI espetaculares e cutscenes totalmente animadas,” diz o comunicado oficial.
Do ponto de vista técnico e de design: espere um sistema de Sync Kill expandido — aqueles finishers em animação que os fãs adoram — agora descrito como “brutal” e com mais detalhes de corpo a corpo. Isso sugere investimento pesado em animações condizentes com colisões, detecção de impacto e variação por unidade; elementos que normalmente pesam no CPU/GPU dependendo do nível de detalhe e da quantidade de unidades na tela. Coop local ou online nas campanhas e modos como Last Stand e Skirmish aparecem como pilares do design de conteúdo. Multiplayer competitivo chega com 1v1, 2v2 e 3v3 e mais de 30 mapas anunciados — um pacote robusto para quem curte partidas ranqueadas e cenários táticos variados.
Alguns números importantes: mais de 10 comandantes jogáveis, 110+ unidades e estruturas — muitas customizáveis — editor interno de mapas e uma ferramenta de pintura para personalizar esquadrões. Para quem curte modificar e balancear, o editor e a possibilidade de custom paint são ótimos, mas representará trabalho extra para modders e exigirá documentação sólida da desenvolvedora. A presença do Blood Ravens e personagens clássicos como Captain Cyrus, Chief Librarian Jonah Orion e Warboss Gorgutz aponta uma continuidade narrativa. A história se passa vários anos após Dark Crusade, mirando claramente o público que prefere o Dawn of War original ao invés das mudanças experimentais que marcaram Dawn of War 2 e o problemático Dawn of War 3.
Em termos de ambientes, o planeta Kronus traz biomas distintos — Wasteland, Iceland, Highlands, Hive City e Manufactorum — o que indica variedade tática entre mapas (altitude, cobertura, choke points e zonas industriais com potencial para eventos dinâmicos). Last Stand e Skirmish com mais de 30 missões, somados ao modo multiplayer robusto, mostram que a King Art quer equilibrar campanha narrativa longa com conteúdo rejogável e competitivo.
O lançamento está previsto para algum momento de 2026. Resta saber se a King Art conseguirá equilibrar fidelidade à estética e mecânicas clássicas com as expectativas técnicas atuais de performance e netcode. Querem que o multiplayer seja um retorno digno aos velhos tempos — mas será que o gameplay vai corresponder ao hype e segurar partidas competitivas sem perder a alma do original? A julgar pelos anúncios, a aposta é grande e as promessas são claras; agora é aguardar os próximos trailers e, especialmente, os testes práticos para ver como tudo se comporta na jogabilidade real.